quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Viva Drummond!

Todas as homenagens à Carlos Drummond de Andrade!!!!! 

 


"Se procurar bem você acaba encontrando.
Não a explicação (duvidosa) da vida,
Mas a poesia (inexplicável) da vida."

Drummond

 

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Paulo Freire


"Sem a curiosidade que me move, que me inquieta, que me insere na busca, não aprendo, nem ensino."

Paulo Freire

sábado, 27 de outubro de 2012

Olhos nos Olhos - Chico Buarque

http://youtu.be/XaHRaInlYtw


Quando você me deixou, meu bem,
Me disse pra ser feliz e passar bem.
Quis morrer de ciúme, quase enlouqueci,
Mas depois, como era de costume, obedeci.
Quando você me quiser rever
Já vai me encontrar refeita, pode crer.
Olhos nos olhos,
Quero ver o que você faz
Ao sentir que sem você eu passo bem demais
E que venho até remoçando,
Me pego cantando, sem mais, nem por quê.
Tantas águas rolaram,
Quantos homens me amaram
Bem mais e melhor que você.
Quando talvez precisar de mim,
Cê sabe que a casa é sempre sua, venha sim.
Olhos nos olhos,
Quero ver o que você diz.
Quero ver como suporta me ver tão feliz.

Chico Buarque

OBS: Atividade complementar Livro Texto Análise do Discurso UNIP/Letras:

O sujeito do discurso não pode ser confundido com o compositor.
O sujeito é determinado pelo ponto de vista assumido.
No caso, trata-se de uma mulher que se dirige ao excompanheiro.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Análise do Discurso



"Os linguistas e os que recorrem à linguística para vários fins deparam-se, frequentemente, com dificuldades que surgem por eles desconhecerem a ação dos efeitos ideológicos em todos os discursos - até mesmo nos discursos ciêntíficos" (ALTHUSSER, p.141).

"Ideologia não se define como o conjunto de representações, nem muito menos como ocultação da realidade. Ela é uma prática significativa; sendo necessidade de interpretação, não é consciente - ela é efeito da relação do sujeito com a língua e com a história em sua relação necessária, para que se signifique" (ORLANDI, 2007, p.48).


Análise de Discurso - UNIP Letras 2012

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Os dois olhos - Rubem Alves




"Temos dois olhos. Com um nós vemos as coisas do tempo, efêmeras, que desaparecem. Com o outro nós vemos as coisas da alma, eternas, que permanecem." Assim escreveu o místico Ângelus Silésius.
No consultório do oftalmologista estava uma gravura com o corte anatômico do olho. Científica. Verdadeira. Naquela noite o mesmo oftalmologista foi se encontrar com sua bem-amada. Olhando apaixonado os seus olhos e esquecido da gravura pendurada na parede do seu consultório, ele falou: "Teus olhos, mar profundo...". No consultório ele jamais falaria assim. Falaria como cientista. Mas os olhos da sua amada o transformaram em poeta. Cientista, ele fala o que vê com o primeiro olho. Apaixonado, ele fala o que vê com o segundo olho. Cada olho vê certo no mundo a que pertence.
O filósofo Ludwig Wittgenstein criou a expressão "jogos de linguagem" para descrever o que fazemos ao falar. Jogamos com palavras... Veja esse jogo de palavras chamado "piada". O que se espera de uma piada é que ela provoque o riso. Imagine, entretanto, que um homem, em meio aos risos dos outros, lhe pergunte: "Mas isso que você contou aconteceu mesmo?". Aí você o olha perplexo e pensa: "Coitado! Ele não sabe que nesse jogo não há verdades. Só há coisas engraçadas".
Vamos agora para um outro jogo de palavras, a poesia: "...e, no fundo dessa fria luz marinha, nadam meus olhos, dois baços peixes, à procura de mim mesma". Aí o mesmo homem contesta o que o poema diz: "Mas isso não pode ser verdade. Se a Cecília Meireles estivesse no fundo do mar, ela teria se afogado. E olhos não são peixes...".
Pobre homem. Não sabe que a poesia não é a linguagem para dizer as coisas que existem. É jogo para fazer beleza. A ciência também é um jogo de palavras. É o jogo da verdade, falar o mundo como ele é.
Acontece que nós, seres humanos, sofremos de uma "anomalia": não conseguimos viver no mundo da verdade, no mundo como ele é. O mundo como ele é é muito pequeno para o nosso amor. Temos nostalgia de beleza, de alegria e -quem sabe?- de eternidade. Desejamos que as alegrias não tenham fim! Mas beleza e alegria, onde se encontram essas "coisas"? Elas não estão soltas no mundo, ao lado das coisas do mundo tal como ele é. Elas não são, existem não existindo, como sonhos, e só podem ser vistas com o "segundo olho". Quem as vê são os artistas. E se alguém, no uso do primeiro olho, objeta que elas não existem, os artistas retrucam: "Não importa. As coisas que não existem são mais bonitas" (Manoel de Barros). Pois os sonhos, no final das contas, são a substância de que somos feitos.
Como disse Miguel de Unamuno: "Recuerda, pues, o sueña tu, alma mia lá fantasia es tu sustância eterna lo que no fue; com tus fuguraciones hazte fuerte, que eso es vivir, y lo demás es muerte".
É no mundo encantado de sonhos que nascem as fantasias religiosas. As religiões são sonhos da alma humana que só podem ser vistos com o segundo olho. São poemas. E não se pode perguntar a um poema se ele aconteceu mesmo.
Jesus se movia em meio às coisas que não existiam e as transformava em parábolas, que são histórias que nunca aconteceram. E, não obstante a sua não-existência, as parábolas têm o poder de nos fazer ver o que nunca havíamos visto antes. O que não é, o que nunca existiu, o que é sonho e poesia tem poder para mudar o mundo. "O que seria de nós sem o socorro das coisas que não existem?", perguntava Paul Valèry.
Leio os poemas da criação. Nada me ensinam sobre o início do universo e o nascimento do homem. Sobre isso falam os cientistas. Mas eles me fazem sentir amoravelmente ligado a esse mundo maravilhoso em que vivo, do qual minha vocação é ser jardineiro... Leio a parábola do Filho Pródigo, uma história que nunca aconteceu. Mas, ao lê-la, minhas culpas se esfumaçam e compreendo que Deus não soma débitos nem soma créditos...
Dois olhos, dois mundos, cada um vendo bem no seu próprio mundo...
Aí vieram os burocratas da religião e expulsaram os poetas como hereges. Sendo cegos do segundo olho, os burocratas não conseguem ver o que os poetas vêem. E os poemas passaram a ser interpretados literalmente. E, com isso, o que era belo ficou ridículo. Todo poema interpretado literalmente é ridículo. Toda religião que pretenda ter conhecimento científico do mundo é ridícula.
Não haveria conflitos se o primeiro olho visse bem as coisas do seu lugar e o segundo olho visse bem as coisas do seu lugar. Conhecimento e poesia, assim, de mãos dadas, poderiam ajudar a transformar o mundo.
 
 
 Rubem Alves

Então, boa leitura!


quarta-feira, 24 de outubro de 2012




"O grande objetivo da educação não é o conhecimento, mas a ação."
 
Herbert Spencer
filósofo inglês (1820 - 1903)
 
 
 
 

História em Quadrinhos

No projeto didático trabalhe o gênero impresso: histórias em quadrinhos. Com o público de crianças entre 6 a 10 anos as características desse gênero irão influenciar na produção textual dos alunos. Os propósitos primários de comunicação são de caráter mais informacional. Esse tipo de gênero terá a função sócio-discursiva de desempenhar informações e entretenimento.

O nível de maturidade é ideal para trabalhar com textos verbais e não verbais.
 

O meio físico do suporte será visual e sonoro.
Esse gênero proporciona alta interação na relação professor educador e educando no convívio em aula e fora dela, construindo significativas aprendizagens de conhecimentos da autonomia e da criticidade.
O valor social dos suportes contribui para ordenar e estabilizar as atividades que serão desenvolvidas no projeto.
O tipo de situação comunicativa são interações síncronas (tempo e espaço partilhados) e o número de participantes envolvidos será a sala de aula.
O nível de conhecimento e de envolvimento dos participantes entre si é de informalidade da interação.
Finalize o projeto expondo passo a passo através de filmagem a produção da história em quadrinhos feita pelos próprios alunos.
 

Mídias Educacionais

Na sociedade em que vivemos, é visível o poder e a influencia da
mídia e seus veículos, analisando a questão educação, surgem alguns
questionamentos ? porquê a educação hoje não ocupa o mesmo espaço de
destaque que a mídia?, será que a nidia é mesmo um produto de elite e
não pode ser usado pela educação ?
.Como podemos aproveitar os formatos emergentes de mídias interativas
para aperfeiçoar o processo de aprendizagem?

A divulgação do conhecimento científico na mídia faz com que o
cidadão comum, seja ele criança, jovem ou adulto, tome contato cada
vez mais freqüente com o mundo da ciência, sem se dar conta do papel
estratégico que ela ocupa nas sociedades modernas.
O mais grave, porém, face à utilização da mídia na sala de aula, é a

reprodução
desse conhecimento veiculado pelos jornais, revistas, rádio, televisão
e Internet, sem uma visão crítica do processo de produção da ciência,
tecnologia e inovação. Troca-se, assim, a experimentação, a pesquisa
para a construção do conhecimento pela representação da informação
científica construída culturalmente pela mídia, em detrimento do
aprendizado cidadão.

"A circulação da informação desmistificada, analisada, interpretada,
tem o poder de acabar com o fetiche da mercadoria, da religião do

consumo. A relação com os meios de comunicação não pode se dar de
maneira unívoca. No mundo da informação rápida, fragmentária, a ilusão
do conhecimento provoca uma busca desenfreada por notícias que,
veiculadas de forma apressada, pasteurizada, descontextualizada,
prometem soluções rápidas para os problemas que afligem a humanidade"
(CALDAS, 2003:76).
"Aprender a aprender", ensinava Paulo Freire. "Saber pensar",
complementa Pedro Demo. Como, porém, "aprender a aprender" e "saber
pensar"? Os caminhos são inúmeros. Entretanto, todos eles, não
importam os atalhos ou percursos realizados, o fundamental é manter a
curiosidade pelo conhecimento, ensinar a fazer perguntas, a pensar, a
desenvolver argumentos, sejam eles contrários ou favoráveis ao tema em
estudo. Nessa perspectiva, o jornalismo deve contribuir além da
divulgação.

Outra possibilidade pouco explorada pelos professores , apesar da
utilização dos meios de comunicação na Educação ser hoje uma realidade
incontestável, são as ferramentas da comunicação para o aprendizado.
Ainda são embrionários os projetos que usam essas ferramentas como
meio. Não se trata, obviamente, de refletir sobre o uso das
tecnologias da comunicação na sala de aula, mas da utilização criativa
dos recursos e procedimentos da produção da notícia para o processo de
aprendizado.
Trata-se, portanto, não só de dar voz aos excluídos, garantindo assim
o acesso aos meios de comunicação, como principalmente garantir, no
caso do conhecimento, o compartilhamento do saber para um aprendizado
cidadão. Ao possibilitar a alfabetização científica de crianças e
jovens com o uso dos recursos tecnológicos da comunicação, é possível
usar a Educação para a promoção da cidadania. Não se trata apenas de
ensinar os conceitos das diferentes áreas, necessários na educação
formal, mas usar na educação informal os conceitos adquiridos na
escola e reconstruí-los, em formato jornalístico, para uma reflexão

dos conteúdos.
Como explica Freinet, a imprensa é um dos recursos mais ricos e
produtivos no processo de construção da narrativa, momento em que a
criança pode explicar a experiência vivida. Desta forma, pode ser
usada para a construção do conhecimento científica de forma lúdica e
cooperativa.E continua:


Com base na percepção das crianças de que o aprendizado da ciência
deve ser pela experimentação, pesquisa, brincadeira, e na filosofia e
postura de vários educadores como Freire, Demo, Freinet, que ressaltam
a importância do fazer para aprender, é necessário ampliar,
criativamente, as ferramentas da comunicação e suas múltiplas
linguagens, numa perspectiva educativa, criando jornais, revistas,
programas de rádio, TV ou Internet.

Aprender ciência fazendo ciência e reescrevendo ciência, utilizando
para isto diferentes linguagens, recursos e suportes da Comunicação,
seja imprensa (jornal, revista) ou eletrônico (rádio, TV e Internet).
Possibilitar que as crianças e jovens usem as técnicas narrativas
"emprestadas" do Jornalismo como forma de apreensão do mundo da
ciência, seus feitos, suas contradições é uma forma criativa e
estimulante de aprendizado. Aprendizado da ciência real e não a
ciência idealizada.

Assim podemos ver que a tecnologia existe,porem a educação como vem
sendo feito ao longo da historia, não
desenvolve a tecnologia para uso
de sua necessidade e sim se apossa das tecnologia desenvolvidas por
outros setores da sociedade e utiliza a serviço de sua rotina.


Paulo Negrao - comunicador e pedagogo.

Fonte: Blog Aprendendo com a Vida

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Sociedade em Rede




Vivemos uma nova ordem social, oriunda da sociedade industrial e da reestruturação do capitalismo, cujo aspecto central se deve à maior difusão de diversos suportes de informações, rompendo-se as barreiras espaço-temporais e estabelecendo uma mudança na maneira de comunicar.

Essa nova organização em rede tem como característica essencial a re-significação de valores e de como o conhecimento é apropriado e conduzido, uma vez que as identidades narrativas culturais estão cada vez mais fragmentadas em milhares de micro-correntes abrangendo diversos assuntos, em vários formatos com maior estimulo visual e sonoro.

Portanto como estratégia didática de formação e estimulo do pensamento critico do sujeito, devemos criar espaços virtuais que incitem o aprendizado, com trocas de experiências, vinculando alunos, educadores e instituição de ensino.



CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede. Volume I; 8 edição revista e ampliada; tradução de Roneide Vanancio Majer com colaboração de Klauss Brandini Gerhardt. São Paulo: Paz e Terra, 2005.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

A Maior Flor do Mundo | José Saramago

A Maior flor do mundo - Jose Saramago

“E se as histórias para crianças passassem a ser de leitura obrigatória para os adultos?
 Seriam eles capazes de aprender realmente o que há tanto tempo têm andado a ensinar?”
 
José Saramago


A maior flor do mundo é uma magnífica história para crianças. 
Saramago transformando-se em personagem, o autor nos conta que uma vez teve uma idéia para um livro infantil, inventou uma história sobre um menino que faz nascer a maior flor do mundo. 
Não se julgava capaz de escrever para crianças, mas chegou a imaginar que, se tivesse as qualidades necessárias para colocar a idéia no papel, ela resultaria verdadeiramente extraordinária: "seria a mais linda de todas as que se escreveram desde o tempo dos contos de fadas e princesas encantadas...".
É dessa fantasia de grandiosidade que nasce o livro.
 
A obra talvez se transcreva na grande vontade do autor em tentar conquistar o público dos pequenos, lhes fazer um afago, eis que no reconhecimento da difícil arte de dirigir-lhes, Saramago expõe com toda sua inocência e sinceridade da sua imprecisa arte de escrever para as crianças (sabemos da sua inquestionável qualidade como autor).

Ainda assim, mesmo parecendo inacabada, constrói uma bonita história, demonstrando a simplicidade e força de vontade do menino protagonista que é capaz de transpor a todos esforços, limitações e dificuldades para ajudar a uma pequena e agonizante flor...ele lhe trouxe novamente a vida, frente a toda desesperança.  

Ao final da belíssima história que conta, Saramago chama os pequeninos a reescreverem a história de sua maneira, e diz que talvez um dia os lerá, muito melhor do que ele, que não sabe contar histórias infantis. 
 “E essa é a moral da história”: incentivar os pequenos a entrar no belo mundo do literário. 
De fato, muitas escolas já utilizaram o livro e o exercício de reescrita proposto por Saramago, com resultados maravilhosos.
 
 
 
 
Posteriormente, Juan Pablo Etcheverry fez um curta-metragem de animação baseado no conto, onde José Saramago aparece como personagem e é narrador.


 

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Aprenda a fazer saquinhos de lixo feito de jornal que substituem as sacolas plásticas

Melhor do que encher diversos saquinhos plásticos ao longo de uma semana você pode usar um único saco plástico dentro de uma lixeira grande na área de serviço e ir enchendo-o por alguns dias com os pequenos lixinhos da casa;

Se o lixo é limpo, como de escritório (papel, pedaços de durex, etc)  pode ir direto para a lixeira sem proteção;

No caso dos lixinhos da pia e do banheiro (papel higiênico, fio dental, cotonetes), o melhor substituto da sacolinha é o saquinho de jornal

Segue o Link abaixo do passo-a-passo:
http://www.coletivoverde.com.br/saquinhos-feito-de-jornal/





"Brincar com crianças não é perder tempo, é ganhá-lo; se é triste ver meninos sem escola, mais triste ainda é vê-los sentados enfileirados em salas sem ar, com exercícios estéreis, sem valor para a formação do homem."

  Carlos Drummond de Andrade

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Economia Verde Inclusiva



Economia verde é um conjunto de ações produtivas, baseadas no tripé: economia limpa (energia não fóssil), sociedade justa (igualdade de condições) e meio ambiente sustentável (reutilizar, reduzir e reciclar). 



Um dos temas centrais da Rio+20  a economia verde propõe um novo comportamento de ordem econômica, social e ambiental, identificando a necessidade de consciência e responsabilidade das empresas, indústrias, governo e sociedade. 



Nesse sentido a economia verde exerce o desenvolvimento econômico compatibilizando-o com igualdade social, erradicação da pobreza e redução dos impactos ambientais negativos.