“E se as histórias para crianças passassem a ser de leitura obrigatória
para os adultos?
Seriam eles capazes de aprender realmente o que há tanto tempo têm andado a ensinar?”
Seriam eles capazes de aprender realmente o que há tanto tempo têm andado a ensinar?”
José Saramago
A maior flor do mundo é uma magnífica história para crianças.
Saramago transformando-se em
personagem, o autor nos conta que uma vez teve uma idéia para um livro
infantil, inventou uma história sobre um menino que faz nascer a maior
flor do mundo.
Não se julgava capaz de escrever para crianças, mas
chegou a imaginar que, se tivesse as qualidades necessárias para colocar
a idéia no papel, ela resultaria verdadeiramente extraordinária: "seria
a mais linda de todas as que se escreveram desde o tempo dos contos de
fadas e princesas encantadas...".
É dessa fantasia de grandiosidade que nasce o livro.
É dessa fantasia de grandiosidade que nasce o livro.
A obra talvez se transcreva na grande vontade do autor
em tentar conquistar o público dos pequenos, lhes fazer um afago, eis
que no reconhecimento da difícil arte de dirigir-lhes, Saramago expõe
com toda sua inocência e sinceridade da sua imprecisa arte de escrever
para as crianças (sabemos da sua inquestionável qualidade como autor).
Ainda assim, mesmo parecendo inacabada, constrói uma bonita história, demonstrando a simplicidade e força de vontade do menino protagonista que é capaz de transpor a todos esforços, limitações e dificuldades para ajudar a uma pequena e agonizante flor...ele lhe trouxe novamente a vida, frente a toda desesperança.
Ainda assim, mesmo parecendo inacabada, constrói uma bonita história, demonstrando a simplicidade e força de vontade do menino protagonista que é capaz de transpor a todos esforços, limitações e dificuldades para ajudar a uma pequena e agonizante flor...ele lhe trouxe novamente a vida, frente a toda desesperança.
Ao final da belíssima história que conta, Saramago chama os pequeninos a
reescreverem a história de sua maneira, e diz que talvez um dia os
lerá, muito melhor do que ele, que não sabe contar histórias infantis.
“E essa é a moral da história”: incentivar os pequenos a entrar no belo
mundo do literário.
De fato, muitas escolas já utilizaram o livro e o
exercício de reescrita proposto por Saramago, com resultados
maravilhosos.
Posteriormente, Juan Pablo Etcheverry fez um curta-metragem de animação
baseado no conto, onde José Saramago aparece como personagem e é
narrador.
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